FORMAÇÃO E EXPERIÊNCIA: DIMENSÕES MULTIFACETADAS DA DOCÊNCIA DE LÍNGUAS

Autores

  • Lucivânia Antônia da Silva PÉRICO Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Palavras-chave:

formação docente, ensino de línguas, formação discente

Resumo

Esta pesquisa[1] desenvolveu-se no âmbito da Supervisão Pedagógica Regional Grande São Paulo Sul e Baixada Santista, contemplando os docentes que ministram aulas de línguas nas vinte e sete unidades que compõem a regional. O eixo temático selecionado foi “Formação de professores de línguas para fins específicos” por considerar a formação do formador e a sua experiência docente de suma relevância quando da adoção de práticas pedagógicas em sala de aula. Os docentes foram convidados a participar espontaneamente da pesquisa, que constou de um questionário cujo objetivo era investigar a formação; o tempo de atuação na docência; os desafios enfrentados na formação técnica dos alunos; a visão docente quanto à contribuição do seu componente curricular para a formação de competências dos futuros profissionais; o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) em sala de aula; o interesse do docente por cursos de aperfeiçoamento. A fundamentação teórica da pesquisa debruçou-se sobre os estudos de Isabel Alarcão (2010), Antônio Nóvoa (1995), Pedro Demo (2002), Bernadete Gatti (2009), Maurice Tardif (2002), José Libâneo (1994), dentre outros expoentes que refletem a respeito da dimensão multifacetada da formação dos professores. Assumindo o viés de cunho investigativo, o levantamento das respostas obtidas, em diálogo com o referencial teórico de peso, resultou em uma análise que demonstra a heterogeneidade do corpo docente do Centro Paula Souza. O estudo evidenciou o imperativo da formação docente para a oferta de um ensino de qualidade, e apontou para uma reflexão crítica sobre a praxis dos docentes de língua estrangeira no século XXI, uma vez que ao professor de línguas modernas não basta apenas a formação bancária, mas o aprimoramento e a experiência pessoal e profissional no uso do idioma. 

 

[1] Os dados constantes neste artigo foram apresentados no III Congresso Brasileiro de Línguas Estrangeiras na Formação Técnica e Tecnológica (III CBTecLE) como comunicação oral, sob o título de “Formação de professores de línguas: entre a teoria e as práticas pedagógicas”

Referências

ALARCÃO, Isabel. Professores reflexivos numa escola reflexiva. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2010.

BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação. 2002, n.19, p.20-28.

DEMO, Pedro. Professor e seu direito de estudar. In.: NETO, Alexandre Shigunov; MACIEL, Lizete Shizue Bomura (orgs.). Reflexões sobre a formação de professores. Campinas-SP: Papirus, 2002.

GATTI, Bernadete A.; BARRETO, Elba S. de Sá. Professores: aspectos de sua profissionalização, formação e valorização social. Relatório de Pesquisa, Distrito Federal: UNESCO, 2009.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

NÓVOA, Antônio (org). Vidas de professores. 2ª ed. Porto: Porto, 1995.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. 13ª ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 2012.

Downloads

Publicado

15/07/2017

Como Citar

PÉRICO, L. A. da S. (2017). FORMAÇÃO E EXPERIÊNCIA: DIMENSÕES MULTIFACETADAS DA DOCÊNCIA DE LÍNGUAS. evista BTecLE, 1(1), 360–383. ecuperado de https://revista.cbtecle.com.br/index.php/CBTecLE/article/view/1030

Edição

Seção

Artigos