NA BUSCA PELA OMNILATERALIDADE NA FORMAÇÃO DO ALUNO
a produção de vídeos nas aulas de língua inglesa no ensino superior
Palabras clave:
Educação Omnilateral; Habilidades Socioemocionais; Língua Estrangeira; Metodologias Ativas; Recursos Audiovisuais.Resumen
Currículos adaptados às necessidades de um mundo globalizado e altamente competitivo, metodologias ativas, ferramentas digitais, além do desenvolvimento de habilidades socioemocionais são pautas que emergem em discussões acerca da excelência e acessibilidade do ensino. Pensando nisso, a produção de vídeos nas aulas de língua inglesa de 2013 a 2024 no curso de Tecnologia em Comércio Exterior na Fatec Itapetininga consistiu em uma prática ao encontro dessas demandas. A partir do relato de experiência, o artigo objetiva mostrar que a proposta buscou a omnilateralidade na formação do aluno, ou seja, enfatizou o papel ativo do sujeito na constituição de sua própria consciência no alcance da emancipação em todos os sentidos da vida. Voltada ao aprendizado prático (learning by doing), a atividade fomentou o desenvolvimento de habilidades profissionais e sócioemocionais, a saber: pensamento crítico, (re)significação de conhecimento técnico, proatividade, empatia, criatividade, gestão do tempo/estresse, adaptabilidade, cooperação, entre outras, em um processo contínuo de construção colaborativa de conhecimento.
Citas
ARROIO, A. e GIORDAN, M. O Vídeo Educativo: Aspectos da Organização de Ensino. In: Vídeo Educativo. Nº 24, novembro de 2006, p. 1-4.
BAGNO, M.; RANGEL, E. de O. Tarefas da educação linguística no Brasil. In: Revista Brasileira de Linguística Aplicada. Nº 5, 2005, p. 63-81.
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico da ciência da linguagem. 10ª edição. São Paulo: Hucitec, 2002.
BANKS-LEITE, L. Representação e comunicação: o estudo de funções lingüísticas em psicologia. N. 1, pp. 41-54. Temas em Psicologia (Cognição e Linguagem). Sociedade Brasileira de Psicologia. São Paulo, 1995.
BRONCKART, J. Atividade de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo sócio-discursivo. São Paulo: EDUC, 1999.
CORRÊA, C. R. G. L. A relação entre desenvolvimento humano e aprendizagem: perspectivas teóricas. In: Psicologia Escolar e Educacional, SP. Volume 21, nº 3, Setembro/Dezembro de 2017, p. 379-386.
CORREIA, M. F. B. Indeterminação, multimensionalidade e relevância no processo de construção de significados. In: Psicologia em Estudo. Maringá, v. 14, n. 2, p. 251-258, abr./jun., 2009.
CUNHA, M. I. O bom professor e sua prática. Campinas: Papirus, 1994.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. Paz e Terra, 1996.
GRIFFITHS, C. Lessons from good language learners. Cambridge: Cambridge University Press, 2008.
LIBÂNEO, J. C. A didática e a aprendizagem do pensar e do aprender: a Teoria Histórico-cultural da Atividade e a contribuição de Vasili Davydov. In: Revista Brasileira de Educação. Nº 27, Set /Out /Nov /Dez., 2004, p. 1-21.
LIMA, R. R. F. A categoria da formação omnilateral e o trabalho como princípio educativo na educação do campo. In: GEPEC – Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Educação no Campo. UfSCar, São Carlos, 2013, p. 1-17.
MACEDO, J. C. Transdisciplinaridade e a construção do conhecimento no Ensino Superior. In: Anais do III Congresso Nacional de Educação – CONEDU, 2016.
MAYER, R. E. Multi-Media Learning. 3rd ed. Cambridge: Cambridge University Press, 2020.
MESQUITA, V. F; GOMES, B. J. J; SILVA, S. V. Formação Omnilateral: contribuições gramscianas para a educação. Artigo publicado nos Anais do VII Congresso Nacional de Pesquisa e Ensino em Ciências, 2022, p. 1-9.
MORAN, J. M. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. 2. ed. Campinas, SP: Papirus, 2007.
________. O vídeo na sala de aula. In: Revista Comunicação e Educação. Volume 2, jan./abr. São Paulo, 1995, p. 27-35.
MORIN, E. Educação e Complexidade: os setes saberes e outros ensaios. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
________. Introdução ao pensamento complexo. Porta Alegre: Sulina, 2005.
MUSSI, R. F. de F; FLORES, F. F.; ALMEIDA, C. B. de. Pressupostos para a elaboração de relato de experiência como conhecimento científico. In: Revista Práxis Educacional. 2021, vol.17, nº 48, p.60-77.
PEDUZZI, M. et al. Trabalho em equipe: uma revisita ao conceito e seus desdobramentos no trabalho interprofissional. In: Trabalho, Educação e Saúde. Rio de Janeiro, 2020, p. 1-20.
PERCY, W. Homo symbolificus. In R. T. Kellogg (org.), The psychology of writing. New York: Oxford University Press, 1994.
PEREIRA, J. L. O professor e os recursos audiovisuais: aprendizagem no século XXI. Disponível em: https://prograd.ufu.br/sites/prograd.ufu.br/files/media/documento/livro-o-professor-e-os-recursos-audiovisuais_-_4a_roda.pdf 2014. Acessado em 12 de janeiro de 2025.
PIAGET, J. A formação do símbolo na criança. 3ª edição.Editora Afiliada, LTC: Rio de Janeiro, 1990.
PINO, A. Semiótica e cognição na perspectiva históricocultural. Temas em Psicologia, 1, 31-40, 1995.
REGO, T.C. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petrópolis: RJ, Vozes, 2000.
SILVA, V. P. Omnilateralidade e Teoria Histórico-Cultural: implicações para a formação da subjetividade. Artigo publicado nos Anais do VII Seminário Internacional - Teoria Política do Socialismo - Revolução Russa: 100 anos que abalaram o mundo "A Transição como Atualidade Histórica". Unesp, Botucatu, 2017, p. 1-15.
THIESEN, J. S. A interdisciplinaridade como um movimento articulador no processo ensino/aprendizagem. In: Revista Brasileira de Educação. V. 13 n. 39 set./dez. 2008.
TOMASELLO, M. The cultural origins of human cognition. Cambridge: Harvard University Press, 1999.
TOSCHI, M.S. Didática e Tecnologia da Informação e Comunicação. In: SILVA, C. C; SUANNO, M. V. R. (orgs.). Didática e Interfaces. Rio de Janeiro/ Goiânia: Deescubra, 2007, p. 77-91.
VELOSO, M. E. Apropriações dos recursos audiovisuais pelos professores do Ensino Médio do Município de Rio Verde – GO. Universidade Católica de Goiás. Dissertação de Mestrado. Goiânia, Goiás, outubro de 2009.
VYGOTSKY, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
