TEMPOS DE ANSIEDADE NO ENSINO DE LÍNGUAS: A FORÇA DA ABORDAGEM DE TERCEIROS

Autores

  • Tássia Gabriela DELGADO DA SILVA Faculdade de Tecnologia de Indaiatuba, Indaiatuba/SP, Brasil
  • Magali BARÇANTE Faculdade de Tecnologia de Indaiatuba, Indaiatuba/SP, Brasil

Palavras-chave:

Ansiedade, Ensino de línguas, Abordagem de terceiros

Resumo

O objetivo deste artigo é proporcionar uma reflexão sobre a afetividade no processo de ensino de língua estrangeira ao longo do tempo, além de considerar  a mudança de papéis dos agentes do ensino decorrente da pandemia do novo coronavírus. Não é incomum o relato de professores quanto à insegurança e ansiedade em se comunicar na língua-alvo devido a crenças, mito do falante nativo ideal, baixos níveis de proficiência, entre outros. Atualmente, a necessidade de isolamento para frear os avanços da covid-19 gerou profundas e repentinas mudanças em  toda a sociedade e no caso das escolas, muitos profissionais não mediram esforços para proporcionar um aprendizado de qualidade. A preocupação em relação ao  novo; a tensão entre as diferentes abordagens dos agentes, causada pela mudança de seus papéis no processo de ensino e aprendizagem; a sobrecarga de trabalho; entre outros fatores, podem ter contribuído para o aumento do sentimento ansioso nesses profissionais. 

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Publicado

12/07/2021

Como Citar

SILVA, T. G. D. D. ., & BARÇANTE, M. . (2021). TEMPOS DE ANSIEDADE NO ENSINO DE LÍNGUAS: A FORÇA DA ABORDAGEM DE TERCEIROS . evista BTecLE, 5(2), 117–134. ecuperado de https://revista.cbtecle.com.br/index.php/CBTecLE/article/view/383

Edição

Seção

Artigos